BRASIL – CICLOS ECONÔMICOS

Projeto apresentado pelos alunos dos 7° ano do A e B da Escola Municipal Prof. Alcídio

 Pimentel, elaborando e desenvolvido pela prof. de geografia: Luci Rosana Alves pires .

APRESENTAÇÃO

Considerando a essência das mudanças do mundo atual, com mais diversas tecnologias e formas de entretenimento, buscamos através de desenhos e maquetes desencadear o entendimento da organização, da produção econômica do espaço geográfico brasileiro, verificando a partir de sua elaboração as marcas inscritas nesse espaço, o modo de como foi articulado, descortinando-o, enfim, estimulando nos alunos a compreensão, análise, síntese do conteúdo administrado, tornando bem mais acessível sua transformação em conhecimento.

INTRODUÇÃO

Estudar um país! Um país é uma criação do próprio ser humano. Um estudo dele exige a compreensão de como se organizou? Em função do que se organizou? Enfim, exige a investigação de aspectos tanto resultantes da dinâmica física natural, como da criação humana e social. Ele é fruto de quem o apropriou, passando por diversos ciclos, fases, sendo cercado de fronteiras, e pedaços de Terra.

Sendo o Brasil o nosso espaço de vivência, é importante nas relações econômicas de poder, buscar entender a questão do subdesenvolvimento, nossas características adquiridas pelos colonizadores, o porquê de apesar de sermos ricos ainda não adquirimos nossa independência econômica, de como surgiram às fronteiras, como nos industrializamos.

Segundo Claret, M (1986): “ A natureza é exatamente simples, se conseguimos encara - lá de modo apropriado...”

Essas palavras deixam uma inquietude e uma certeza que é possível mudarmos. Urgente se faz a necessidade de pensarmos nos nossos atos, ações. O mundo é o único ainda habitável. Se não houver uma consciência generalizada o que será de nós seres humanos? Até quando teremos vida na Terra?

Buscamos assim fazer com que entendam como se reproduzem as relações de produção e de poder, dando-lhes condições, desafios dentro de todo o processo global, fragmentado e de exclusão, num trabalho coletivo, dinâmico, criativo buscarem essas respostas.

JUSTIFICATIVA

Procurar através da história os rumos que a política e a economia tomam atualidade, buscando verificar como o homem de acordo com o tempo e o espaço, em função de quem e de que necessidade ela se modifica, enfim, tendo um olhar mais aguçado sobre a postura que os países em desenvolvimento assumem diante do contexto em evolução.

OBJETIVOS GERAIS

   Identificar como se dá a apropriação e a transformação do espaço pelo homem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

   Explicar o processo de formação histórico – econômica do Brasil;

   Justificar o porquê de o Brasil ser um país subdesenvolvido industrializado.

METODOLOGIA

O projeto foi desenvolvido na Escola Municipal Profª Alcídio Pimentel com sede á Rua Brilhante, nº 245 em Campo Grande - MS.

  O trabalho será marcado no início do primeiro bimestre com os alunos do 7° ano A e B para ser apresentado no início de maio, para os alunos do 6° os 8° anos no período matutino.

Pretendemos de início, familiarizar os alunos com os temas relativos á organização e ocupação do Brasil, por meio de aula expositiva participativa.

Na primeira etapa, além da aula descritiva, trabalharemos com transparência, além  da aula expositiva participativa. Os participantes realizarão uma análise dos mapas que representam a evolução econômica do Brasil.

A segunda fase será dedicada á analise de textos e produção de mapas referente ao século XVI, XVII, XVIII, XVX. Essa análise corresponderá a uma descrição analítica inicial de textos, mapas e de pesquisas em fontes diversas como: biblioteca, internet, etc.

Na terceira fase a sala será dividida em seis (6) grupos.

   Primeiramente escolheremos os alunos que terão maior facilidade em desenho e os separemos, objetivando desenharem as fases econômicas do Brasil, sendo a: os índios em seu ambiente natural, chegada dos Portugueses ao Brasil; ciclo econômico pau-brasil, ciclo econômico da cana-de-açúcar, ciclo econômico da mineração, ciclo econômico do café, ciclo econômico da industrialização.

   O segundo grupo ficará com a montagem de maquete da chegada dos Portugueses, exploração do pau-brasil e trarão plantas que representem o pau-brasil.

Questionamentos:

- Porque os países que sofreram colonização de exploração são países subdesenvolvidos?

- Em função de que interesse foi organizado o espaço brasileiro?

- Qual a situação atual do Brasil em relação á divisão internacional do trabalho?

- Como se percebe a desigualdade social no Brasil?

- Qual a situação do nosso município: sua produção é para o mercado externo, ou para o mercado interno?

- Qual a economia predominante em nossa região. Existe relação com o processo colonial?

- Antes da chegada dos portugueses já havia ocupação humana no território?

- Os índios que aqui viviam não havia o desejo de dominar a natureza, o colonizador tinha essa mesma visão? Justifique.

- No inicio as relações foram marcadas pelas trocas entre os europeus e indígenas. Quando as terras passaram a ser vista como fonte de enriquecimento material para o reino português?

       O terceiro grupo ficará com á maquete da cana -de- açúcar, (irão trazer  a própria cana).

- Qual o fator que determinou a introdução da cana-de-açúcar em nosso território?

- Qual a mão-de-obra utilizada? E porque houve uma diminuição dos grupos indígenas?

- O que representou a cana-de-açúcar para o Brasil?

- Qual o fator que determinou a decadência da cana-de-açúcar no Brasil?

- Além da cana-de-açúcar foram introduzidas as criações de gado, cultura do tabaco, algodão, cacau. Qual a relação entre os espaços da criação de gado e a zona açucareira?

- Nessa época o nordeste era uma área de atração populacional, o que determinou a repulsão da população?

       O quarto grupo ficará com á maquete da mineração ( Construção de maquete; irão trazer pedras pintadas, representando o ouro.)

- Em que século surgiu o ouro e qual o benefício para o Brasil?

- De que forma os portugueses controlaram o contrabando do ouro?

- Além do ouro, quais eram os outros produtos exportados pelo Brasil?

- O Brasil foi o maior produtor mundial do ouro no século XVIII. O Brasil enriqueceu por causa disso? Os pobres deixaram de ser pobres?

- Qual era a área de concentração de ouro no Brasil, onde era encontrado?

- Quem realizava o trabalho nas minas?

- O ouro não beneficiou a todos os brasileiros. A quantidade de pessoas que foram atraídas para o Brasil com o objetivo de enriquecer não foi realizada. Muitas pessoas passaram fome. Qual a atitude tomada pelos comerciantes para garantir que ganhassem dinheiro?

- Quem eram os emboabas? Quem tinha poder sobre a mineração? Quem tinha direito á terra?

- Explique o motivo da decadência do ouro.

       O quinto grupo ficará com a maquete do café

- O café é tido como originário da Etiópia (África). Daí se expandiu para a Arábia no século XIV. Em 1706 os holandeses o introduziram no Suriname de onde passou para Guiana Francesa e Brasil em 1727, e, em 1760 na sua expansão chegou ao Rio de Janeiro. O que representou esse produto para a economia brasileira?

- Do Pará, o café, já na primeira metade do século XVIII, passou a ser cultivado no Maranhão e por volta de 1770 foi plantado na Bahia em seguida no Rio de Janeiro. Porém onde ele encontrou realmente condições favoráveis ao seu desenvolvimento?

- O Nordeste durante muito tempo foi uma área de atração populacional, porém com a queda da cana-de-açúcar passou a ser uma área de repulsão populacional, passando a ser a região sudeste no século XIX uma área de atração populacional. Qual  o fator que explica tal fato?

- A chegada da cafeicultura alterou profundamente o espaço geográfico e humano e econômico, reconstruíram e produziram novos espaços geográficos segundo as necessidades externas e não interna. Além das migrações para as áreas ocupadas pelo café, quais os outros fatores que explicam a modificação desse espaço geográfico?

- Segundo o economista e historiados Celso Antunes, no livro Formação econômica do Brasil, calcula-se que entre 1800 e 1850 cerca de 750 mil a um milhão de escravos africanos foram trazidos para o Brasil, migração forçada até 1888, porém com a abolição da escravatura, as relações de trabalho mudaram. Explique.

- Quais as conseqüências das grandes alterações ocorridas no meio ambiente e no ecossistema proveniente dos grandes períodos econômicos?

- De acordo com as transparências e com a produção de mapas econômicos, qual o fator que possibilitou o crescimento do Brasil?

- A pior crise do café foi a de 1929. Nesse ano, os Estados Unidos tiveram graves problemas na sua economia – conhecida como Quebra da Bolsa de Nova York – e deixaram de comprar o café do Brasil. Como se explica á industrialização do Brasil, justamente nesse período?

                                                                                                                           

  O sexto grupo ficará com o da industrialização. (Construirão  maquete e mudas de café)

- Embora a industrialização não ocorra na mesma intensidade nas suas sub-regiões, qual é a região mais urbanizada e industrializada do Brasil?

- As indústrias instaladas no triângulo formado pelos municípios das áreas metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo horizonte, são bastante diversificadas. Cite alguns exemplos do que é fabricado.

- Embora o país possua riquezas, grande parte de sua população passa fome. O que justifica esse fato?

- Qual a primeira indústria instalada no Rio de Janeiro no Governo de Getúlio Vargas?

- Porque o Brasil industrializou-se apenas 200 anos depois da Inglaterra?

- Porque no Governo de JK a capital do Brasil que era no Rio de Janeiro foi transferida para a região sudeste, especificamente para Goiás?

Ainda que com pouco aprofundamento, tentaremos proporcionar ao aluno através das transparências, pesquisas, produção de mapas a montagem de um quadro de referência teórico-histórico a respeito de temas importantes para a compreensão do espaço econômico do Brasil, ou seja, dos ciclos econômicos do Brasil.

AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá ao longo do processo.

                  Através da observação do desempenho do aluno, criatividade, organização,  integração, e da pontualidade do grupo .

                 A avaliação será feita individualmente e em grupo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O professor de Geografia não pode trabalhar com uma Geografia neutra, sem cor e sem odor, portanto estimulamos após vários estudos que eles criassem maquetes, desenhos, que se infiltrassem na história, no espaço produzido conforme a época para entender melhor o espaço produzido pela sociedade em que vivemos hoje, suas desigualdades e contradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a apropriação que essa sociedade faz da natureza.

Oliveira (1994, p.142) diz que: “a territorialidade implica a localização, a orientação e a representação dos dados sócio – econômicos e naturais, que contribuem para a compreensão da totalidade do espaço”.

Quando produziram maquetes, vivenciaram as situações, perceberam que o território organizou-se conforme a necessidade de quem o ocupava, ficando mais clara a questão do subdesenvolvimento. A produção de maquetes trouxe uma euforia, um entusiasmo que os aproximou mais da realidade de cada época e passaram a entender um pouco mais de nossa realidade atual.

No desenvolver do projeto houve uma grande dificuldade por parte dos mesmos de lerem e interpretarem mapas, mesmo após terem feito leituras dos conteúdos ora desenvolvidos, ainda não ligavam o tempo com os acontecimentos, sendo sanado por alguns após passarem explicar para os outros colegas, sentindo-se desinibidos e até orgulhosos do trabalho produzido.

                                                                                                                                                                                                                           

BIBLIOGRAFIA

ADAS, M. Geografia: Construção do espaço geográfico brasileiro. 4 ed. São Paulo: Moderna, 2002.64 p.

CLARET, M. O pensamento vivo de Einstein. 5 ed. São Paulo: Martins Claret, 1986. 109p.

DELSON, R.M. Novas Vilas Para o Brasil – Colônia: Planejamento Espacial e Social no século XVIII Brasília: ed. Alva Ltda. 1979, p124.

EXPOENTE. Ensino Fundamental. Curitiba:, 6ª série.2005.x

MOREIRA, J.C. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2 ed. São Paulo: Scipione. 2005.560 p.

MORAES, M.L.M Geografia  do Brasil :natureza e sociedade, 1 ed. São Paulo: FTD, 1996. 231p.

OLIVEIRA, A.V. (org). Para onde vai o ensino de geografia: repensando o ensino. 4 ed. São Paulo: Contexto, 1994, p. 142.

SILVEIRA, I.A Geografia da gente: O olhar geográfico, 1 ed. São Paulo: Ática, 2003.120 p.

VESENTINI, J.W.Brasil: Sociedade e espaço: 7ª ed. São Paulo Ática, 2000 3.52p

                                                 ANEXOS